Goyacy Ferreira Branco

Poesia - A última gota d'água.


A última gota d água.


Não me interessa mais,
Se sou o que pensam ser,
Se não sou o que pensam que eu seja,
Só sei eu, o que eu bem sou e ninguém mais,
Nada de mim se desfaz a não ser a minha própria paz.
Sou em mim a lucidez parcial do que eu e o nada me dita.
A poesia para mim não é maldita, mas a Lucidez me irrita.
Pois é ela que me dita para ser um homem insano na lucidez dos que acreditarm na vida.
Acreditar na vida justa é uma insanidade para os que não acreditam mais.
Sou o remanescente da obra final de Deus.


E a minha lúcidez é uma armadilha humana.
Na tradução das palavras dos sentimentos, quem desejar traduzir as palavras de outro será um louco. Não há lucidez, mas na palidez da medilcridade que é o mérito de reconhecer nos outros o que não reconhecemos em nós mesmos. (o erro).
Traduz a mentira das palavras incertas, incoerentes e incorretas para a alma humana?
Quem poderá? Diga a mim, certo psiquiatra, um homem que nunca me viu na vida,
Antecedeu-se a julgar-me simplesmente pela minha aparência, como se ela transparecesse a minha alma, como nas palavras de meus sentimentos pudesse dizer quem eu sou, e o que sou, como se ele tivesse a minha vida em suas mãos e a manipulasse como bem quisesse. E eu fosse para ele um de seus certos discursos ou teoremas de faculdade, como se fosse um utilitário para a sua obra de desenvolvimento profissional, um verdadeiro animal laboratorial, ou seja, seu rato peculiar, seu objeto de desejo de estudo. Um Fantoche em suas mãos perversas, e um ser observado e inutilizado pela sua consciência auto-destrutiva, que julga a sanidade e a insanidade de um homem, simplesmente pelas suas conviccções e sonhos de realizações, como se eles fossem um objeto de insanidade e algum pecado abominável.

Sou eu mais do que um objeto, ou um resto de nada.
A minha tentativa de expôr o que reflito em minha experiência pessoal é para um psiquiatra, a insanidade é um sonhador para ele,
É um homem que vive de suas obsessões, e quem sonha para um psiquiatra é um homem doente da alma.

Eu amo os sonhadores, pois as suas almas são puras e seus corações inimagináveis,
São todos eles vendedores de sonhos, como augusto curry, como um grande imperador que não usou sua autoridade de poder para assassinar seu próprio destino e seus colaboradores por sua existência de poder. Só existe poder no amor de um aos outros, somos os que mais necessitamos da necessidade de se sonhar, é o homem um sonhador de que vive nas suas misérias e não acreditando mais em seus sonhos vivem doentes e determinados a matarem uns aos outros com suas decepções e frustrações de não desejarem sonhar e realizar seus sonhos.

Que poesia teria sentido sem um sonho?
Que ciência nasceria sem um objetivo?
Quem determinaria a vida se não existisse a morte e quem dita as regras sem ter elas alguém que as ensine?

Se somos o resto, ou um objeto de estudo para um manipulador sem sonhos, ele é pior que uma planta morta e um galho seco, pois em sua natureza criativa, determinou em si próprio a sua sútil morte existêncial e negligênciou-se na própria vida anulando-se na sua existência de sua história.

Se nasci para viver segundo às regras que regem a vida dos que não sonham mais, então Deus não existe.
Pois Deus é um sonhador, e na sua alma ele todos os dias tem sonhado comigo e com todos os que sonham em estar dormindo em um descanso que é incrívelmente indescrítivel.
São os sonhos de todos os que amam a criar na existência da vida imperfeita e plena para si mesmo, e se encontram em um lugar que não pode ser possível se encontrar fora do mundo dos sonhos.

Como poderia nascer uma grande árvore se ela antes não fosse imaginada por um sonho de extrema beleza.
É no auge da grandeza do amor sonhador do Criador que se nasce tudo que ele sonhou.

É no auge de tudo que nasce a infinita constelação estelar e o pó de estrela que desce sobre as cabeças humanas, somos todos pó de uma gigante estrela, brilhamos por causa de sua grande luz e é sim a natureza algo divino. Pois foi criado com um sonho.

Basta um pouco de imaginação para o homem saber que ele é do tamanho de uma formiga, ou de um tamanho de uma montanha. Como kafka em sua metamórfose.

Mas se o homem não reconhece em si sua natureza celestial dada por algo sobrenatural;
Ele se torna um psiquiatra.
Ele é pior que um macaco em evolução no qual Darwin se cituou para dizer sobre a evolução humana.

Somos a evolução da ciência da idiotice humana, não evoluímos na criatividade de amar, somos sempre Otelo, somos sempre Romeu e Julieta, somos sempre Adão e Eva, Somos sempre os homícidas, como Caim e Abel, Somos sempre o que sempre fomos por causa do desprezo de nossa capacidade de sonhar e viver os sonhos mais belos de Deus.

Escrito por Goyacy Ferreira Branco.
 
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